Quase todas as pessoas já ouviram falar de Bitcoin como a moeda virtual que faz pessoas ganharem muito dinheiro ou já se depararam com o meme do jovem que podia estar rico se não tivesse comprado uma pizza com suas bitcoins. Contudo, na realidade, Bitcoin é apenas uma das milhares de moedas virtuais (hoje existem cerca de 3 mil) que são denominadas criptomoedas. Criptomoeda é o nome genérico dado para moedas digitais descentralizadas, criadas em uma rede de blockchains e com sistemas avançados de criptografia que protegem as transações e os dados pessoais. Elas são ditas digitais porque, diferente do dólar e do real, elas só existem na internet e são descentralizadas porque não existe um órgão responsável por controlar, intermediar e autorizar emissões de moedas. Além disso, a tecnologia de blockchain é usada para permitir o envio e o recebimento de informações e os dados são assinados com criptografia para garantia da segurança das transações. De maneira geral, podemos dizer que os principais objetivos dessas moedas virtuais são melhorar a segurança e a eficiência nas trocas financeiras e democratizar a distribuição e produção de dinheiro mundial.
Bitcoin foi a primeira criptomoeda a ganhar notoriedade no mundo, sendo criada por Satoshi Nakamoto, em 2008, logo após a grande crise mundial causada pela bolha imobiliária nos Estados Unidos. Ela foi criada com três principais funções: servir como meio de troca, reserva de valor e unidade de conta (este ainda não foi alcançado, devido a volatilidade dos preços). Desde então, as criptomoedas passaram a ter um grande espaço mundial de finanças, sendo regida pela lei de oferta e demanda. Apesar disso, não existe uma definição mundial acerca das criptomoedas, por exemplo, no Brasil são consideradas como bens (assim como carros, casas e joias), no Japão são aceitas como forma legal de pagamento e na Colômbia são consideradas ilegais.
“O que o e-mail fez com a informação, o Bitcoin fará com o dinheiro. Antes usava correio, hoje usa email.” Fernando Ulrich, autor do livro Bitcoin: A moeda na Era Digital
Existem algumas vantagens e riscos de investir-se em criptomoedas e vamos listá-las abaixo.
Vantagens1
Liberdade de pagamento: possível enviar ou receber qualquer valor internacionalmente.
Taxas baixas: processados com taxas baixas ou até isentas. Cobranças caso os usuários desejem ter confirmação mais rápida das operações
Segurança: podem ser feitos pagamentos sem vincular informações pessoais. Podem proteger o dinheiro com cópias de segurança e criptografia
Transparente: Todas as informações sobre a oferta de unidades de Bitcoin ficam disponíveis na blockchain para qualquer pessoa. Ninguém, nem nenhuma organização, pode controlar ou manipular o protocolo da moeda digital porque ele é criptografado.
Desvantagens
Volatilidade: grandes ajustes de preço ocorrem com frequência, já que é baseada na lei de oferta e demanda.
“Esses ajustes se assemelham a bolhas especulativas tradicionais: coberturas da imprensa otimistas em demasia provocam ondas de investidores novatos a pressionar para cima o preço do Bitcoin. A exuberância, então, atinge um ponto de inflexão, e o preço finalmente despenca”, explica Ulrich.
Grau de aceitação: devido ao seu uso ainda ser baixo, poucos lugares aceitam criptomoedas como forma de pagamento.Segurança: podem ser feitos pagamentos sem vincular informações pessoais. Podem proteger o dinheiro com cópias de segurança e criptografia
Segurança: os usuários precisam ser cuidadosos, pois correm o risco de “apagar” ou perder suas criptomoedas.
Como são feitas as transações
Todas as transações são feitas de maneira virtual, sem a necessidade de um intermediário e seu preço segue a regra de mercado. Elas são feitas por meio de um código formado por letras e números chamado endereço, tendo cada uma de 26 a 35 caracteres alfanuméricos (podem ser convertidos em QR code. Devido a premissa de segurança, as identidades dos vendedores e compradores são protegidas por uma rede de criptografia, as transações não podem ser canceladas e são rastreáveis. Além disso, todas ficam registradas numa rede (blockchain) de forma pública e vitalícia com o objetivo de evitar fraudes.
Como conseguir suas criptomoedas
Como dito anteriormente, as emissões dessas moedas são feitas de maneira descentralizada, sendo assim todo computador pode ser receptor e servidor ao mesmo tempo e qualquer pessoa no mudo é capaz de fazer parte dessa rede de transmissões.
Os computadores da rede disputam entre si a resolução de cálculos matemáticos complexos, que registram e validam as transações feitas com criptomoedas pelo mundo. A máquina que for capaz de quebrar o algoritmo para registrar as transações no bloco recebem as criptomoedas como prêmio. Sendo esse processo é conhecido como mineração. O algoritmo estabelece uma limitação na quantidade de moedas digitais minerados por hora. Dessa maneira, na medida que mais poder computacional é utilizado para quebrar o algoritmo e registrar as transações, fica ainda mais difícil a disputa.
Bora bater um papo? Segue lá.
Segundo Bitcoins.org