Empreendedorismo no Brasil
Movimento que começou na década de 90 e até hoje move muitos brasileiros.
Essa semana abrimos uma caixinha de perguntas em nosso perfil no Instagram (se ainda não nos acompanha lá, clica aqui) sobre qual é a primeira palavra que vem a mente quando se pensa em empreendedorismo. Ao analisar as respostas vi que algumas palavras como dinheiro, desafio e persistência apareceram com uma frequência significativa, o que me levou a pensar como o brasileiro se comporta em relação a abertura de um novo negócio.
O movimento empreendedor no Brasil surgiu na década de 90 com a abertura de organizações como o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e Softex (Sociedade brasileira para Exportação de Software). A abertura delas forneceu um apoio que antes não existia às pessoas que possuíam interesse em abrir novos ou pequenos negócios, mas não encontravam oportunidades. Segundo o SEBRAE, a taxa de empreendedorismo inicial (proporção da população adulta que está ocupada como empreendedor com no máximo 3,5 anos de funcionamento) no Brasil em 2020 foi de 24,8%. Quando analisado em termos da população geral – taxa de empreendedorismo total – chegou a 31,6%, ou seja, 1 em cada 3 brasileiros economicamente ativos tem o próprio negócio. Apesar desses valores serem menores dos que foram obtidos em 2019, reflexo da pandemia de COVID – 19, nosso país ainda ocupa o 7º lugar no mundo em relação as taxas totais de empreendedorismo. Pensando analiticamente é muito interessante para qualquer país incentivar o desenvolvimento desse setor, já que, o fato de ter pessoas empreendendo traz mais inovação, desenvolvimento e tecnologia.
No Brasil, existem dois tipos de empreendimentos: os de necessidade e os de oportunidade. Podemos definir cada uma deles da seguinte forma:
Empreendedorismo de Necessidade: negócios frutos da busca de uma nova renda e podem acabar não tento vida longa devido à falta de estrutura.
Empreendedorismo de Oportunidade: negócios mais pensados e que tem uma maior chance de se manter no mercado.
Uma pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) mostra que momentos de recessão econômica normalmente intensificam a abertura de novos negócios, como o que foi visto em 2008-2009 e 2014-2016. Isso se dá pelo fato que problemas no trabalho informal fazem com que muitas pessoas busquem novas alternativas para obtenção de uma nova renda, criando pequenas lojas de e-commerce, venda de produtos artesanais etc.
A possibilidade de trabalhar para si mesmo e alavancar seus ganhos financeiros passou a ser mais interessante para os brasileiros, principalmente devido ao momento de crise no mercado de trabalho formal”, afirmou o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.
Com a volta gradual a normalidade do funcionamento do setor de serviços no fim de 2020, o mês de janeiro de 2021 registrou um boom de abertura de microempresas no Brasil. Nesse período foram abertos cerca 300.000 novos pequenos negócios, sendo esse valor 21% maior do que foi registrado em dezembro de 2020. Além disso, superou ainda os valores para o mês de janeiro desde 2010, como apresentado nesse gráfico fornecido pelo SEBRAE.
Ser dono do próprio negócio é sonho de 70% dos brasileiros, mas é algo que demanda planejamento e cuidado para que não seja motivo de frustração. Antes de criar qualquer negócio é importante que sejam feitas análises, mesmo que simples, de mercado e de como administrar sua microempresa para que ela tenha competitividade e consiga se manter no futuro.
Semana que vem tem mais!
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