Dificuldades da comunidade LGBTQIA+ no mercado de trabalho
O mundo busca por diversidade, mas ainda existe um caminho muito longo para ser percorrido.
Estamos caminhando para um mundo que presa e zela pela diversidade, mas ainda existe um caminho muito longo a ser percorrido para que esse feito seja 100% alcançado. O Brasil ainda é um dos países mais homofóbicos do mundo e o número de mortes violentas desse grupo assustam. Em 2020, segundo relatório publicado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), 237 pessoas LGBT+ foram vítimas de morte violenta no nosso país. Diante disso, esse grupo encontra também dificuldades para se inserir no mercado de trabalho, fato comprovado por pesquisa que aponta que 1 em cada 5 empresas não contrataria profissionais LGBTQIA+ e 38% das empresas brasileiras não contratariam pessoas LGBT+ para cargos de chefia (fonte: Elancers).
Além disso, mesmo após serem inseridos no mercado de trabalho, ainda existe a dificuldade de encontrar um ambiente saudável. Infelizmente, relatos de piadinhas, xingamentos e indiretas relacionadas a orientação sexual são muito comuns levando 61% dos colaboradores de LGBTQIA+ não revelam sua orientação sexual no trabalho (fonte: Center for Talent Innovation).
“Em toda minha trajetória precisei lutar para ser tratada e respeitada como mulher, incluindo na vida profissional e isso era prejudicial na execução das minhas atividades profissionais” Josiane (uma mulher transgênero) - Analista de Diversidade & Inclusão na empresa Qintess.
Felizmente, a inclusão de pessoas LGBTQIA+ vem tomando força nas Startups e no mercado de tecnologia. Uma nova cultura de empresa vem surgindo com a premissa de que quanto mais diverso o time, mais oportunidades de crescimento e solução de problemas, já que unir pessoas diferentes e de contextos diferentes permite um surgimento de melhores ideias.
O que as empresas de tecnologia podem fazer para melhorar a inclusão?
Oferecer maior oportunidade de crescimento, atualmente o número de líderes é mínimo.
Buscar uma diversidade que não seja pautada em uma normativa cisgênero e masculina (mulheres LGBTQIA+ tem mais dificuldade, principalmente transexuais e travestis)
Entender que a falta de diversidade é um problema real e que exige uma mudança de cultura da empresa
Contar com representantes em um grupo que busque pensar mudanças.
Buscar um ambiente saudável.
Melhorar o ambiente para os colaboradores ajuda a se relacionar melhor com os clientes de todos os gêneros.
Resolvemos trazer 3 grandes personalidades da tecnologia para servirem de inspiração!
Alan Turing
O britânico Alan, também conhecido como pai da computação, desenvolveu um papel essencial no desenvolvimento do setor da tecnologia, sendo o responsável pela criação da Máquina de Turing. Além disso, foi o pioneiro na área de inteligência artificial e herói de guerra ao planejar uma série de técnicas para quebrar os códigos alemães durante a Segunda Guerra Mundial. Infelizmente, em 1952, foi condenado por “grave indecência” por se relacionar com outro homem, sendo submetido a uma vigilância ostensiva e a um tratamento hormonal forçado com o objetivo de “reprimir seus desejos sexuais”. Em 2013, recebeu o postumamente o perdão da Rainha Elizabeth de sua condenação.
Sofia Kovalevskaya
Foi a primeira lésbica assumida a trabalhar no ramo da tecnologia e hoje é uma grande referência de representatividade na área de exatas. Kovalevskaya contribuiu bastante para a teoria das equações diferenciais parciais e até o hoje são referencias nas disciplinas de cálculo.
Lynn Conway
Conway é responsável pela invenção da instrução de manuseio dinâmico generalizado que é utilizado por quase todos os microprocessadores modernos e atuou no desenvolvimento do VLSI (Very Large Scale Integration). Nos anos 60, trabalhou para a IBM, mas foi demitida ao revelar que planejava fazer sua transição de gênero. Ela é um forte símbolo de representatividade por ser cientista da computação, engenheira e ativista transexual estadunidense.
Importante ressaltar que durante as pesquisas para escrever esse artigo, houve uma grande dificuldade de encontrarmos LGBTQIA+ pretos e transexuais na lista. Fato que explicita que ainda sim existe uma forte característica normativa nesses pontos de representatividade.
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