Cenário Econômico Mineral Mundial 20-21
Como a pandemia do COVID-19 afetou o mercado mineral e quais são as previsões para 2021.
A chegada do COVID-19 estremeceu o cenário econômico mundial e pegou praticamente todas as empresas de surpresa, exigindo reformulações imediatas para manter o funcionamento. A mineração também teve projetos e preços afetados durante todo 2020, mas sua rápida adaptação ao novo cenário, aliada a necessidade constante de bens minerais, permitiu que essa atividade econômica tivesse impactos negativos menores.
Antes da pandemia do coronavírus, o setor vinha acelerando o investimento de capital com o aumento de cerca de 12% em relação aos anos anteriores, contudo esse cenário precisou ser recalibrado. Esse novo contexto levou ao avanço da adoção de novas tecnologias, o estabelecimento do regime de home office, rodízio de funcionários nos escritórios e o aumento das medidas de segurança pessoal. Entretanto, apesar do cenário que antes era imaginável, a maioria dos projetos permaneceu em andamento e alguns foram apenas adiados.
O ouro passou a ser visto como um investimento seguro, o que o levou a atingir o preço mais alto desde que os valores passaram a ser comparados. Após atingir seu valor mais baixo em 2016, em 2020 seu valor praticamente dobrou e ultrapassou US$ 2.000 por onça (oz). Nesse ano contabilizou-se mais de 2000 projetos de ouro movimentando mais de 170 bilhões de dólares em todo mundo.
“A volatilidade nos mercados globais também fez com que os investidores migrassem para refúgios seguros, impulsionando os preços dos metais preciosos, como o ouro.”, segundo Hart, líder global de mineração da KPMG.
Quando se trata do minério de ferro, os preços melhoraram bastante em relação a contextos anteriores. A retomada rápida e forte da economia chinesa levou a um grande aumento de demanda de aço, já que ela vem incentivando grandes obras como forma de impedir o crescimento do desemprego e manter o dinheiro girando dentro do país. Essa demanda combinada ao câmbio atual, coloca o Brasil numa posição competitiva de menor custo operacional e menor investimento quando comparados a outros países.
"Tivemos um ano que fecha com números extremamente positivos, certamente muito impactados pela variação de preços de algumas importantes commodities que o Brasil participa no mercado internacional, como também a própria situação do real perante o dólar, em função da desvalorização que nós vivenciamos", disse o presidente do conselho deliberativo do IBRAM, Wilson Brumer.
Ainda segundo dados apresentados pelo IBRAM em fevereiro de 2021 o Brasil se apresenta como o quinto maior produtor mineral do mundo, os faturamentos das vendas externas subiram 10% e as exportações cresceram 2,5%.
Dessa forma, é perceptível que a mineração apesar de ter sido afetada pelo COVID-19 apresentou um bom desempenho quando comparada a maioria das atividades. Além disso, espera-se que 2021 tenha um cenário ainda mais positivo, já que a retomada do funcionamento das economias aumente mais ainda a demanda por bens minerais.
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